Compositor: Machiguerïta-p
Em um beco iluminado pela lua, vê-se uma casa de espetáculos cercada por lamparinas
Venham, minhas criancinhas perdidas. Venham fazer parte de um sonho que começa em outro sonho
As cortinas do céu noturno se abrem, e o som do fuso sendo dado corda é a deixa.
A graciosa boneca do titereiro começa então a se mover
Mesmo tendo os membros gastos e lágrimas nos olhos, ela continua a sorrir tolamente
As orbes de vidro refletem a plateia vazia
Ela continua a bailar, tendo inúmeras luzes à sua cabeça
Na claridade difusa do rubro luar, ela vê os braços do titereiro
Eu te amei tal qual uma flor
Por toda eternidade, fique ao meu lado
Não há mais jeito, pois é artificial
A promessa era efêmera
"Perdoe-me, mas não posso mais cumprir essa promessa"
Ela continua a bailar, tendo os fios do titereiro à sua cabeça
Dos olhos do titereiro caem joias feitas de desejos
Olhando além do voto esmeralda, tudo o que ele queria era vida, morte e felicidade
Mas por mais que siga em frente, ele ainda vê o sorriso púrpura, preso ao passado